quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vermelho corneta


Vermelho corneta é cor que ninguém olha. Quando olha fecha os olhos. O medo à cavalgadas chega ao horror! Cor que ninguém entende, só atravessa o centro ordenado do seu pequeno universo e o transforma em caos.
Vermelho corneta encarado causa pânico. Eu tenho uma cortina de tons corneta, balança sutil com o vento. Me engole! A imagem que suscitei a pouco parece leveza, mas essa cor nunca é leve. Pesa como as categorias do entendimento. Kant pintava os lábios com vermelho corneta.
Quem nunca despertou a uma hora da madrugada em desespero? De olhos fechados o vermelho se desenha. Minha mãe era virgem, e me ensinou que vermelho libido elevado ao quadrado se torna corneta. Porém, naquela manhã, com os dedos limpei folhas amargas do inverno, abri a boca contente e rocei a língua na maça vermelha. Que elevada por dois entoou um tango ceifado pela existência do tempo.

APRENDENDO A LEVEZA I

Falar menos? Ouvir mais. Não! Falar quando for necessário.Cuidado com a boca! Aberta...Quando os dentes cerram e a cabeça é instância inviolável, cuidado com que o se pensa!
A felicidade é palavra de ordem, há muito deixou de ser clandestina, alivia.
Se o prisma é colorido o que será visto também. Portanto ... cores mil! Caleidoscópio de sabores, cores, cheiros...
A leveza me arreganha os dentes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

UNS CACHOS...




Quando ele corta os cabelos
Tiro dos cachos o mais espesso suco
Rubro
Com meu nome de batismo

Ancestral é dilacerar pupilas
O peito atado em taquicardia
Comovo fio
Que emaranha eros
ao teu nome