terça-feira, 9 de março de 2010

Taj Mahal: O amor é público!

Quando o coração acelera rumo à cavalgada selvagem e encontra a alteridade na velocidade propicia para o enlace, e tudo é reciprocidade, e movimento de roda gigante, e o colorido do mundo é mais mundo e colorido, e o ornamento das coisas é mais efusivo e dourado de se tocar. Esta é a hora de se construir um Taj Mahal! Quem não lembra desse fabuloso monumento, patrimonio da humanidade,construído pelo imperador Shah em homenagem a sua amada, esposa favorita, Aryumand. Quando o amor atravessa o centro organizado do teu universo, deves no mesmo instante recrutar os homens mais fortes de todo o oriente e erguer magnifico palácio para que todos saibam a dimensão do amor, e em especial, tornar público o nome do homenageado/homenageada.

Não acredito em amor escondido, pernas por debaixo da mesa para que ninguém saiba. O amor é puro movimento, melhor ainda, ação. Agir rumo ao encontro da pessoa amada, executando,fazendo, tecendo para que a existência comporte o amor, e que todos saibam! Não por vaidade seca como folha lançada ao asfalto, mas porque se faz necessário, quem ama, quer dizer que ama e quem ama. Sim, sim, sim, concordamos que há a dimensão privada do amor, especificidades que jamais devem chegar aos ouvidos alheios, isso sim deve ser respeitado! Mas que o entorno tome consciência de que João e Maria, ou João e José, ou Maria e Nazaré se amam, isso deve ocorrer assim que o amor se fizer. Pois vivemos em um mundo covarde, onde todos se escondem atrás de algo para justificar sua fraqueza. Nada justifica o amor não se tornar publico, e há sempre aqueles que torcem pelo casal. Torcida assim é bom, da um animo a mais pra gente.

Portanto, queridos amigos, amem, mas não deixem nunca de construir um Taj Mahal para a pessoa amada.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vermelho corneta


Vermelho corneta é cor que ninguém olha. Quando olha fecha os olhos. O medo à cavalgadas chega ao horror! Cor que ninguém entende, só atravessa o centro ordenado do seu pequeno universo e o transforma em caos.
Vermelho corneta encarado causa pânico. Eu tenho uma cortina de tons corneta, balança sutil com o vento. Me engole! A imagem que suscitei a pouco parece leveza, mas essa cor nunca é leve. Pesa como as categorias do entendimento. Kant pintava os lábios com vermelho corneta.
Quem nunca despertou a uma hora da madrugada em desespero? De olhos fechados o vermelho se desenha. Minha mãe era virgem, e me ensinou que vermelho libido elevado ao quadrado se torna corneta. Porém, naquela manhã, com os dedos limpei folhas amargas do inverno, abri a boca contente e rocei a língua na maça vermelha. Que elevada por dois entoou um tango ceifado pela existência do tempo.

APRENDENDO A LEVEZA I

Falar menos? Ouvir mais. Não! Falar quando for necessário.Cuidado com a boca! Aberta...Quando os dentes cerram e a cabeça é instância inviolável, cuidado com que o se pensa!
A felicidade é palavra de ordem, há muito deixou de ser clandestina, alivia.
Se o prisma é colorido o que será visto também. Portanto ... cores mil! Caleidoscópio de sabores, cores, cheiros...
A leveza me arreganha os dentes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

UNS CACHOS...




Quando ele corta os cabelos
Tiro dos cachos o mais espesso suco
Rubro
Com meu nome de batismo

Ancestral é dilacerar pupilas
O peito atado em taquicardia
Comovo fio
Que emaranha eros
ao teu nome